A Força da Mulher em Seus Diversos Papéis

Um Canto em Homenagem às Mulheres

Era uma vez uma mulher. Talvez essa história seja a sua, ou a minha. Uma mulher que, em meio às pressões da vida, precisou se reinventar. Que enfrentou perdas, renascimentos e descobriu que dentro dela existia uma força que nem mesmo ela conhecia. Essa mulher sou eu, você e tantas outras que, dia após dia, constroem suas histórias em silêncio e coragem. A Força da Mulher em Seus Diversos Papéis.

Lembro de conversas com mulheres que chegam ao consultório sentindo o peso do mundo sobre os ombros. Mulheres que, após um dia exaustivo de trabalho, ainda precisam encontrar energia para cuidar da casa, dos filhos ou mesmo de si mesmas. Mulheres que enfrentam cobranças, internas e externas, e que muitas vezes se questionam se estão dando conta de tudo.

O dia 8 de março, celebrado em plena avenida do Carnaval, trouxe um simbolismo especial. Ivete Sangalo, ao entoar "Canto das Três Raças", não apenas cantou, mas ecoou a voz de tantas mulheres que lutaram e ainda lutam por espaço, respeito e reconhecimento.

Ser mulher é viver em constante renascimento. Quantas de nós já nos vimos tendo que recomeçar, ressignificar, levantar após tantas quedas? E, ainda assim, seguimos em frente, com a cabeça erguida, prontas para mais um capítulo. Porque ser mulher também é saber que a dor pode ser um ponto de partida para novas descobertas.

Os Diversos Papéis da Mulher na Sociedade

Cada papel que assumimos é uma forma de expressar quem somos. Sou profissional, psicanalista, mãe de pet, filha, tia, amiga. Cada um desses papéis traz aprendizados, mas também desafios. E não precisamos ser perfeitas em todos eles, mas podemos buscar ser inteiras.

Eu entendo como é desafiador tentar equilibrar todos esses papéis. Chegar em casa cansada, mas ainda assim encontrar energia para brincar com o pet, ouvir o desabafo de uma amiga, ou ligar para aquela tia que sente falta de um contato mais próximo. Entendo o dilema entre querer dar o melhor no trabalho e, ao mesmo tempo, cuidar da própria saúde mental e emocional.

Na minha jornada, aprendi que ser cuidadora não é apenas sobre quem está ao nosso lado, mas também sobre cuidar de mim mesma. Ser profissional não é apenas entregar resultados, mas também respeitar meus limites. Ser amiga é ouvir, mas também saber pedir ajuda. Ser filha e tia é oferecer amor e presença, mesmo quando a rotina parece nos afastar. E ser mãe de pet me ensina diariamente sobre responsabilidade, afeto e dedicação. Cada papel me ensinou a olhar para dentro e reconhecer minhas forças e fragilidades.

Na psicanálise, aprendemos que compreender essas facetas é essencial para nossa identidade. O autoconhecimento é o caminho que nos permite entender que, mesmo em meio às incertezas, cada papel cumpre um papel fundamental na construção de quem somos.

Celebrando a Resiliência Feminina

Lembro-me de vezes em que cantei para não chorar, em que sorri mesmo com o coração apertado. Porque é isso que a vida me ensinou: que é possível encontrar beleza mesmo no caos, e que é através da dor que muitas vezes descobrimos nossa maior força.

Assim como o Carnaval é uma manifestação coletiva de expressão e resistência, a vida da mulher também é feita de desafios diários. Cada conquista, cada superação é um grito de liberdade. Cantar, celebrar e viver, mesmo em meio às adversidades, são formas de resiliência e afirmação.

Um Convite à Celebração da Mulher

Neste Dia Internacional da Mulher, eu te convido a se olhar com carinho e a reconhecer sua própria força. Sua história importa. Suas lutas têm significado. Você não está sozinha.

Permita-se florescer, mesmo em meio às tempestades. Permita-se cantar, mesmo quando a música parece triste. Porque é no reconhecimento da nossa própria história que encontramos o caminho para a liberdade.

Lembre-se: você é forte, é capaz e é digna de celebrar cada parte de quem é.

Feliz Dia da Mulher!